segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O Aumento Demográfico na Holanda

  Durante esta época de prosperidade para o Norte da Europa, verificou-se um grande aumento demográfico na Holanda. Este foi causado pelas condições de vida do país, que melhoraram bastante, em comparação com os outros países da Europa, graças ao avanço tecnológico da Holanda; e causado também pelas altas taxas de imigração para este país. Esta região era alvo de grande fluxos migratórios pois era muito tolerante nas práticas religiosos, e as pessoas que tinham saído do seu país devido a conflitos religiosos encontravam um "refúgio" aqui.
   Contudo este aumento demográfico trouxe os seus problemas, pois sendo a Holanda um país pequeno não tinha muitas áreas cultiváveis, e apesar de ter ganho algumas terras ao mar (através da construção de diques, o que também ajudou no desenvolvimento da manufactura) continuava a não produzir o suficiente para sustentar a população. Porém o país conseguiu ultrapassar estas dificuldades através do comércio: o que faltava no seu país (cereais e comida) iam buscar a outros países, onde trocavam por produtos que havia em abundância na Holanda (manufactura).

domingo, 7 de novembro de 2010

Introdução ao controlo do Comércio Mundial pelo Norte da Europa

    A Holanda no século XVI era constituída por pequenas províncias que juntas formavam os Países Baixos, que pertenciam à Casa das Astúrias. Em 1579, após vários anos de guerra com a Espanha, estas  províncias finalmente conseguiram a independência, formando assim a Holanda, que hoje conhecemos. 
   Os Países Baixos desde cedo usufruíram de bastantes benefícios.
   Esta  região foi sempre uma região dinâmica, devido à sua localização geográfica (perto do mar e no centro da Europa).
    Amesterdão tinha um grande porto e uma burguesia dinâmica, que investia tudo o que ganhava, ao contrário da portuguesa que apenas gastava o dinheiro ganho na Expansão.
    O facto da Holanda ser em grande parte constituída por Judeus, que tinham sido expulsos de países católicos, constituiu também uma grande vantagem, pois a Igreja Católica condenava o lucro e sendo a Holanda um país constituído por imigrantes, que haviam saído do seu país por motivos religiosos, podia lucrar no comércio.
   É importante referir, também, que toda a Europa, menos a Holanda, tinha uma agricultura pouco moderna, havia fome e morriam muitas pessoas. E enquanto o resto da Europa andava em guerrilhas, a Holanda cresceu e evoluiu tecnologicamente. 
  Todos estes factores permitiram que a Holanda se desenvolvesse muito mais facilmente que os outros países europeus e se tornasse no novo centro da economia europeia e mundial.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Decadência dos Impérios Ibéricos

   A partir do século XVII, Portugal e Espanha começam a perder o prestígio e a exclusividade que os seus Impérios possuíam.
   Estes países entraram em decadência porque não investiram o dinheiro da Expansão. Enquanto que outros países europeus, como a Holanda que investia tudo o que ganhava, se desenvolviam economicamente, Portugal e Espanha viviam "obcecados" pela exploração dos seus territórios e não investiam, e por isto manteve-se sempre a mesma situação económica nestes países.
   Em Portugal a burguesia era pouco dinâmica e a nobreza apenas gastava o dinheiro da Expansão em luxos. Espanha era rica em produtos, mas não os utilizava, pois como tinha ouro e prata podia comprar tudo.
   Para combater a doutrina de mare clausum França, Inglaterra e Holanda recorreram a ataques de piratas que assaltavam navios Portugueses e Espanhóis. Estes países não concordavam que o mar apenas pudesse ser navegado por Portugal e Espanha e substituíram a antiga doutrina por uma outra: mare liberum, que defendia que o mar era livre e que todos os povos podiam navegar nele sem pagar impostos.
   A partir do século XVII, Portugal começa a perder prestígio também devido à União Ibérica. Espanha apenas se preocupava com o seu Império e não tinha interesse pelo Império Português. Depois da Restauração da Independência, com D. João IV foi impossível recuperar o antigo Império Português, pois o país estava arrasado e desmotivado. Portugal apenas manteve o Brasil como local de comércio e o açúcar tornou-se na nova pimenta.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O Império Espanhol: o ouro e a prata

   A base do comércio colonial espanhol eram os metais precioso (ouro e prata), sendo estes os produtos que mais se vendiam ao resto da Europa. Vindos das colónias espanholas também havia açúcar, Manila e tabaco, mas as quantidades em que eram trazidos para Espanha não eram tão evidentes como as quantidades do ouro e da prata.
   Nas minas americanas, os espanhóis verificaram que a prata era mais abundante que o ouro, e à medida que este se foi esgotando, os espanhóis dirigiram-se cada vez mais à prata.
   Os espanhóis iam buscar escravos a África e levavam-nos para a América para trabalharem nas minas. Estes, tal como os portugueses, foram responsáveis pela morte de muitos escravos africanos e índios americanos. Os escravos que trabalhavam nas minas, trabalhavam muitas horas por dia, sem descansar. Dentro das minas, não havia condições e os escravos quase não conseguiam respirar, levando muitos a morrer. Também não estavam habituados ao clima da América e por esta razão também morriam. Os colonizadores espanhóis e portugueses foram também responsáveis pelas mortes de muitos índios americanos devido à "moralização" destes (que não se vestiam e andavam nus), pois um povo que toda a sua vida andara nu (e que apenas utilizava tintas para se tapar) quando de repente foram vestidos perderam as imunidades que os seus corpos possuíam e acabaram por morrer.
   Tal como os portugueses, os espanhóis tinham uma instituição onde a Coroa administrava e fiscalizava o comércio nas colónias. Esta chamava-se Casa da Contratação e estava situada em Sevilha, que, devido ao comércio do ouro e da prata, tornou-se numa importantíssima cidade europeia e era o destino de muitos navios que vinham de toda a Europa.
   Nesta altura, devido ao comércio dos metais preciosos, Lisboa passa a ser apenas um local de passagens dos navios do resto da Europa, cujo destino era realmente Sevilha. Isto é explicado pela simples razão de Espanha ter ouro e prata para comercializar, enquanto Portugal apenas tinha escravos.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

O Monopólio Régio

   No século XVI, tanto o Império Português como o Império Espanhol possuíam Casas, onde tratavam dos assuntos de interesse colonial e onde os Reis podiam administrar os produtos que entravam e saíam do país. 
   Os espanhóis tinham a Casa da Contratação, em Sevilha, e os portugueses tinham a Casa da Índia, em Lisboa. Nesta última administravam-se todos os produtos do Império Colonial Português, de modo a que o rei pudesse controlar o que acontecia no seu Império. Era também aqui que passavam todos os produtos europeus que iam para a Índia. Todos os barcos que entravam no país eram revistados e quase nenhum produto escapava às buscas que eram feitas, para assegurar que por todos os produtos fosse pago um imposto, mal o navio chegasse ao porto de Lisboa.
   Estas casas existiam como base para o Monopólio Régio, pois era nelas que os Reis controlavam tudo o que se passava nos Impérios e onde podiam assegurar que o Estado usufruísse plenamente do comércio e da exploração económica das colónias.