A Revolução Agrícola foi um movimento que se iniciou no século XVIII, na região de Norfolk, em Inglaterra. Sem esta revolução, não teria havido a Revolução Industrial, pois foi ela que permitiu a libertação de mão-de-obra, que trabalhava no campo, e que foi para as cidades trabalhar nas manufacturas.
A Revolução Agrícola Inglesa teve várias semelhanças com a Revolução Agrícola Holandesa, embora a primeira tenha tido consequências maiores e mais importantes. Na Holanda, foram construídos diques e canais, drenaram-se pântanos, desenvolveu-se a criação de gado e aplicou-se a rotação contínua das culturas. Tudo isto levou à sua Revolução Agrícola. Em Inglaterra foram introduzidas medidas mais inovadoras na agricultura:
- Sistemas quadrienais de rotação de culturas (as pastagens permitiram que houvesse mais animais);
- Aumento das áreas cultiváveis (apropriação de baldios, que passaram a ser privados);
- Prática de enclosures (os animais deixaram de destruir os terrenos, pois estes estavam vedados e mais mão-de-obra foi libertada);
- Os pequenos proprietários ficam sem emprego e vão procura-lo às cidades (mais mão-de-obra libertada para ajudar o arranque da Revolução industrial);
- Proletários;
- Mecanização (anteriormente vigorava a especialização, com a mecanização liberta-se ainda mais mão-de-obra);
- Aumento da criação de gado (aproveitamento das peles para as indústrias têxteis dos curtumes, e das carnes para a alimentação, que permite que a população esteja melhor alimentada).
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Um exemplo dos enclosures em Inglaterra |
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