Em 1494, de modo a impedir que houvesse guerras entre Portugal e Espanha, os dois povos assinaram um Tratado (Tratado de Tordesilhas) que dividia o Mundo em duas partes: uma para o império português e a outra para o império espanhol. Este contrato veio impedir que outros povos pudessem navegar e comercializar livremente nos mares, tornando assim o mar num Mare Clausum, ou mar fechado, pois se outros países quisessem comercializar nos mares tinham de pagar impostos para o fazer.
Tal como já foi referido, o império português estava espalhado por todo o Mundo.
No oceano Atlântico, Portugal comerciava na costa ocidental da África Negra (onde os produtos que mais rendiam eram o ouro, os escravos, o marfim e malagueta, que circulavam entre a costa portuguesa, as ilhas da Madeira, Açores, Cabo Verde, a costa Ocidental Africana e o golfo da Guiné), na África Ocidental (aqui o comércio português baseava-se muito nas riquezas naturais como as plantas tintureiras, o marfim e peles, o ouro e escravos) e no Brasil (onde o grande interesse era o pau-Brasil, e mais tarde o açúcar e os escravos que vinham de África, originando o comércio triangular, que ocorria entre Lisboa, África e a América).
No Oriente os portugueses procuravam as especiarias orientais e detinham domínios na Índia, na costa oriental da África, no Estreito de Ormuz e Golfo Pérsico e nas ilhas da Oceânia.
Os portugueses estabeleceram também feitorias, que eram colónias de carácter comercial que serviam para os soberanos tratarem dos seus negócios e interesses económicos no estrangeiro, pela África. A mais importante feitoria portuguesas da costa ocidental africana era a feitoria da Mina, que era também a mais lucrativa.